
Diante do impasse nas negociações sobre a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, impostas pelos Estados Unidos, o governo federal busca alternativas para reduzir os prejuízos aos exportadores. A expectativa era de que o Palácio do Planalto anunciasse, na quarta-feira (6/8), o pacote de medidas de proteção para os setores afetados.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem que o plano já saiu da pasta para a mesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A data do anúncio, entretanto, depende do aval do chefe do Executivo.
As medidas devem incluir prioridade nas compras públicas, novas linhas de crédito com juros subsidiados e isenções fiscais para os setores mais afetados. Haddad já adiantou que pequenas empresas que não têm alternativas de exportação devem estar entre as principais beneficiadas pelas medidas.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, por sua vez, afirmou que o foco das ações da pasta será nas regulamentações internas para viabilizar o consumo doméstico de parte da produção que deixará de ser exportada aos Estados Unidos.
A ideia é que os produtos mais afetados, especialmente os de alta perecibilidade, sejam absorvidos pelo mercado interno, incluídos em iniciativas de compras públicas da União, estados e municípios, além da possibilidade de concessão de subsídios.
A jornalistas, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, afirmou que o plano de contingência do governo deve incluir garantias e linhas de crédito, medidas de socorro às empresas e desoneração fiscal.
Segundo Viana, a agência está elaborando um plano próprio de apoio às empresas afetadas, com o objetivo de complementar as medidas do Executivo. A iniciativa prevê suporte emergencial, com foco na promoção comercial e na diversificação de mercados. “Fizemos algo semelhante no Rio Grande do Sul”, destacou.
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