
Segundo os investigadores, há indícios de algumas dessas armas poderiam estar sendo desviadas para atividades criminosas. - (crédito: Material cedido ao Correio)
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (8/8), uma operação para desarticular um grupo de colecionadores, atiradores desportivos e caçadores — os CACs — que continuavam em posse de armas de fogo mesmo após o cancelamento do Certificado de Registro (CRAF) pelo Exército Brasileiro. Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão.
A ação é conduzida pela 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte), e mira um problema crescente identificado pelas forças de segurança: a permanência irregular de armas nas mãos de civis que perderam o direito de portá-las. Segundo a legislação vigente, após o cancelamento do CRAF, o responsável tem 90 dias para vender ou entregar o armamento ao Exército.
As irregularidades foram comunicadas pelo próprio Exército à PCDF, que instaurou inquérito e representou à Justiça pelos mandados. Durante a apuração, os investigadores descobriram que alguns dos alvos tinham passagens criminais por crimes graves, como roubo a banco, tráfico de drogas, furto e porte ilegal de arma de fogo — o que levanta preocupações sobre o desvio de finalidade no uso do registro de CAC.
Os policiais apreenderam três armas de fogo, diversas munições, carregadores e acessórios para manejo de armamentos. Duas pessoas foram presas em flagrante por posse ilegal de arma de uso restrito — crime com pena prevista de 3 a 6 anos de prisão.
Segundo os investigadores, há indícios de que parte dessas armas poderia estar sendo desviada para atividades criminosas.
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Por Darcianne Diogo
postado em 08/08/2025 11:45 / atualizado em 08/08/2025 12:29